O que é uma startup e como abrir uma no Brasil?
Uma startup não é uma versão menor de uma grande corporação. Uma startup é uma organização temporária trabalhando em direção a um modelo de negócio que é escalável, repetível e rentável. O ciclo de vida de inicialização começa com um modelo de negócio baseado em idéias e suposições, uma vez que não há clientes e muito pouco conhecimento dos clientes. Startups não são de apenas um tipo. Aqui está uma descrição dos diferentes tipos de startups.
Empreendedorismo de pequenos negócios
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As empresas de pequeno porte mais comuns são orientadas para os serviços: lavanderias, postos de gasolina e lojas de roupas. Um bom salário para os proprietários e um lucro são os empresários padrões de referência estabelecidos para o sucesso de pequenas empresas. Como pequenas empresas geralmente têm poucos funcionários e um lucro relativamente baixo, elas raramente são concebidas para ultrapassar uma indústria ou se tornar empresas de milhões de reais. E boa parte dos brasileiros estará empregada em uma empresa de pequeno a médio porte.
Startup escalável
A startup escalável é aquela que começa com uma ideia inovadora e cria um modelo de negócio concebido para transformar a empresa em uma empresa rentável de alto crescimento. Startups escaláveis tem sucesso por entrar em um grande mercado e tomando participação de mercado de outras empresas ou a criação de um mercado que cresce rapidamente.
Este tipo de inicialização é mais comum entre empreendedores de tecnologia tradicionais. Ao contrário de pequenas empresas que estão em todos os lugares, startups escaláveis tendem a se concentrar em centros de tecnologia do mundo e constituem apenas uma pequena percentagem de empreendimentos.
Empresários iniciam seu empreendimento neste ramo com a crença de que sua visão vai mudar o mundo e dar muito dinheiro. A startup escalável começa com a busca de um modelo de negócios repetível e escalável. Capital de risco no exterior, dezenas de milhões de reais são geralmente necessários para que a startup possa atender a demanda de mercado e escala dos produtos e/ou serviços. Empresários de inicialização precisam se vender a investidores em sua visão, a fim de contratar funcionários e adquirir seus primeiros clientes.
Startup “comprável”
O objetivo de uma startup “comprável” é criar um produto (geralmente uma aplicação móvel ou Internet) e, em seguida, ser vendido para uma empresa maior. Empreendedores são geralmente felizes por vender sua empresa por R$5 milhões a R$50 milhões. Startups “compráveis” são geralmente financiadas por meio de cartões de crédito dos fundadores, juntamente com pequenas quantidades de capital de risco. Grandes empresas costumam comprar startups compráveis, a fim de adquirir o talento, bem como o próprio negócio e o know how para certos aplicativos e/ou áreas de atuação.
Startup interna
Startups internas são novas divisões de negócios criadas dentro das empresas grandes ou bem estabelecidas e operadas como se fosse uma divisão da companhia. Uma vez que as grandes empresas têm ciclos de vida finitos, elas precisam de novos produtos, afim de crescer. A maioria das empresas cresce através de variantes em seu produto principal (uma abordagem conhecida como sustentar a inovação). Startups internas são formadas através da inovação disruptiva, onde novos produtos são criados por novos mercados e, portanto, novos clientes.
Como você pode imaginar, o tamanho e a cultura de grandes empresas fazem da inovação disruptiva algo difícil, mas houve algumas startups internas bem-sucedidas. A Target, uma grande cadeia de lojas nos EUA< começou como uma startup interna dentro da cadeia de lojas Hudson de Dayton. Muitos dos produtos do Google surgiram de investimentos nas ideias de seus funcionários, como o Gmail, YouTube e outros.
Empreendedorismo Social
Empreendedorismo social é usado para construir organizações sem fins lucrativos inovadoras em todo o mundo. Ao contrário de outros tipos de empreendedorismo, empreendedorismo social é sobre encontrar soluções para problemas do mundo, da cidade ou do país, ao invés de fazer lucro.
Como abrir uma startup no Brasil?
Existem algumas formas mais comuns utilizadas pelos brasileiros para abrir startups. No atual momento, ainda são raras estas empresas no Brasil, mesmo quando temos exemplos de empresas que são startups bilionárias, como foi o caso do Instagram, que tem origem brasileira.
Isso acontece pois o mercado de capital de risco no Brasil não é ainda muito bem explorado. É difícil entrar em contato com investidores “anjo” em nosso país e a Bolsa de Valores daqui não facilita para que estas empresas consigam uma captação facilitada de recursos.
Como uma startup funciona em mercados de extrema incerteza, ou seja, uma inovação completa, arrisca a abrir uma empresa formalmente e pagar por impostos por isso pode significar a falência de uma startup sem ela ao menos começar. Sabendo disso, a Associação Brasileira de Startups se tornou uma ótima fonte de informações para descobrir programas de incentivo e até compartilhar ideias para startups com outras pessoas, ajudando estas empresas a crescerem.
A forma mais comum de financiamento de startups é através das “incubadoras”. Estes programas estão geralmente associados com universidades em nosso país, onde o poder público fornece o espaço físico, recursos e mais para ideias inovadoras de jovens. No site da Associação Brasileira de Startups há um link para esses programas.
Lógico, você pode também arriscar o capital “anjo” ou investidores estrangeiros. É um caminho mais longo, mas tão válido quando os programas de incubadoras.
Vale terminar este artigo com um pensamento: Startups são empresas e ideias de altíssimo risco. É comum empresários deste ramo falharem feio com uma ideia para surgirem com outra genial meses depois. Por isso, é muito importante ter um espírito empreendedor, correr riscos e assim, assumir uma responsabilidade grande sobre o negócio e seus sucessos e falhas. Dito isto, esperamos ter ajudado àqueles que tem espírito empreendedor e queiram realmente abrir seus próprios negócios.
Sobre o autor
André é pós-graduado em pedagogia empresarial, especializando na padronização de processos. Possui mais de 300 horas em cursos relacionados à administração de empresas, empreendedorismo, finanças, e legislação. Atuando também como consultor e educador empresarial, André escreve sobre Recursos Humanos desde 2012.
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